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Micro empreendedores perdem força

Dados constam no estudo “Vozes da Nova Classe Média”

Dos 15 milhões de novos postos de trabalho criados na última década no Brasil, pouco menos de 2 milhões foram abertos em razão do aumento no número de pequenos empreendedores, categoria que inclui empregadores e trabalhadores por conta própria. Com uma contribuição de 12% sobre o total de novas vagas abertas no período (2001-2011), o grupo perdeu participação na força de trabalho no país, diminuindo de 26% para 24%.

A redução foi mais expressiva entre os empregadores, com perda de 120 postos. Em 2001, eles somavam 2,8 milhões. Em 2011, eles chegaram a 2,7 milhões. Já os trabalhadores por conta própria aumentaram 2 milhões no período, passando de 17 milhões para 19 milhões de pessoas.

Os dados foram apontados pelo terceiro caderno da série Vozes da Nova Classe Média, lançado nesta segunda-feira (29) pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. A publicação mostra a contribuição do empreendedor para a expansão da nova classe média brasileira e traz dados sobre a formalização da atividade.

O levantamento ressalta, no entanto, que a diminuição no número de pequenos empregadores foi observada apenas em atividades agropecuárias. Nas demais atividades, houve ligeiro aumento no número de postos (cerca de 50 mil). O estudo também aponta que houve crescimento de 33% no tamanho dos estabelecimentos, que passaram a empregar em média 6,4 trabalhadores, depois do patamar inicial de 4,8 trabalhadores empregados.

O estudo também compara os índices de empreendedorismo no Brasil com a média mundial. Nesse caso, os indicadores brasileiros são semelhantes ou pouco superiores tanto em relação aos empregadores quanto àqueles que trabalham por conta própria. Enquanto 3,9% da força de trabalho mundial são formados por empregadores, no Brasil eles representam 4,3%. Já os trabalhadores por conta própria correspondem a 19,5% da força de trabalho mundial enquanto, no Brasil, são 20,5% dos trabalhadores.

Na comparação com a média da América Latina (4,4%), a proporção de empreendedores é pouco menor. Se considerados apenas os trabalhadores por conta própria, as diferenças são maiores: no conjunto de países da América Latina eles respondem por 24,6% dos trabalhadores ocupados e no Brasil, por 20,5%.

O estudo destaca que “estar abaixo da América Latina em relação a conta própria, no entanto, não deve ser um fato preocupante”, já que muitos desses trabalhadores exercem a atividade por falta de opção. “Para eles, empreender é mais uma estratégia de sobrevivência do que uma opção de vida.”



Manicures


Fonte: www.jornale.com

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